Mais flexibilidade e possibilidades de escolha para os funcionários deverão prevalecer (caso contrário, demissões voluntárias tendem a aumentar também)

Estamos chegando à metade de 2022 e a essa altura a maioria das empresas já voltou ou está voltando aos escritórios. Depois de mais de dois anos se adaptando ao trabalho remoto por conta da pandemia, agora as companhias se veem organizando o retorno ao trabalho presencial, muitas delas em tempo integral. Mas o que será que os funcionários têm achado desse retorno? Ao que tudo indica, a volta total aos escritórios não tem sido de todo voluntária e as demandas dos colaboradores poderão impactar o mercado muito em breve.

Segundo o estudo global “Return to Work”, realizado pela OnePoll e a Citrix em 10 países (incluindo o Brasil), 71% dos trabalhadores estão trabalhando ou planejando trabalhar no escritório entre um e quatro dias por semana, preferindo o modelo híbrido. E mais: caso essa flexibilidade e possibilidade de escolha não seja oferecida, 69% dos entrevistados consideram deixar seu emprego atual, buscando empresas que invistam em processos e tecnologia para permitir o trabalho híbrido. Destrincho essas e outras tendências nesse blog post.

Mais flexibilidade e qualidade de vida

Que as empresas voltaram mesmo ao trabalho presencial isso é um fato. De acordo com o estudo, 79% dos funcionários afirmam que os escritórios dos seus empregadores já reabriram, sendo que quase a metade voltou ao trabalho presencial em tempo integral. Mas se a pandemia já provou que é possível ser produtivo e ter uma boa qualidade de vida em home office, por que muitas empresas voltaram totalmente ao escritório? Bom, segundo a pesquisa, 37% dos brasileiros tiveram de voltar simplesmente por uma imposição dos empregadores.

Quanto àqueles que ainda não voltaram totalmente aos escritórios, foi perguntado o porquê de se manterem em home office e a resposta é basicamente uma só: flexibilidade. Mais da metade afirma que não voltou e nem planejar voltar integralmente porque gosta da flexibilidade de trabalhar em casa. Além disso, 38% dos funcionários afirmam que trabalhar remotamente os ajuda a equilibrar as responsabilidades da vida doméstica. Outros fatores – como tempo e custo de deslocamento – também foram citados e irei abordá-los mais à frente.

Impossibilidade de escolha e demissões voluntárias

OK, isso quanto àqueles que não voltaram totalmente. Mas e quanto aos que voltaram? Nesse caso a rigidez no modelo de trabalho não se resume ao escritório: ela é vista no horário de trabalho e até na moradia do funcionário. Dois terços dos entrevistados trabalham hoje em um período fixo e apenas 3% têm liberdade para definir seu próprio horário. Sobre a moradia, pelo menos dois quintos afirmam que suas empresas requerem que os empregados morem na mesma cidade dos seus escritórios (apenas 12% têm liberdade para se mudar no próprio país).

Por outro lado, os trabalhadores também estão menos dispostos a aceitar essa rigidez. De acordo com o estudo, 28% dos entrevistados brasileiros considerariam sair do emprego e/ou começar a procurar um novo emprego se a flexibilidade (a capacidade de selecionar e escolher quando e de onde eu trabalho) não for oferecida. O número é menor do que a média global, mas ainda assim indica que o Brasil segue a tendência global da “The Great Resignation” (ou a “grande resignação”), com demissões voluntárias em busca de melhores oportunidades.

Custos de deslocamento, a “divisão digital” e tecnologia

Por fim, há outros fatores investigados que também dão uma ideia do que está se tornando tendência. O primeiro são os custos financeiros do deslocamento para o escritório: mais da metade dos brasileiros gostaria de trabalhar em casa para evitar os altos custos da gasolina. E claro, há a própria questão da “divisão digital”, que eu já abordei anteriormente aqui no blog: com 32% preferindo trabalhar o tempo todo no escritório, a cisão nas equipes de acordo com seu ambiente de trabalho só tende a aumentar, impactando a integração nas organizações.

De qualquer forma, esses resultados do estudo apenas reforçam a necessidade de as empresas repensarem seus modelos de trabalho, sob pena de perderem talentos e produtividade. É preciso criar processos para a adoção do modelo híbrido, buscando o melhor do home office e do presencial. E é preciso adotar tecnologias que permitam ao funcionário trabalhar com segurança de qualquer lugar e com uma boa experiência com aplicações e dados, e ao gestor e à TI gerenciar melhor seus recursos, aproveitando todo o potencial da nuvem.

Para todos os casos, a Citrix está a postos para ajudar as empresas nesse movimento, com um amplo portfólio de soluções de acesso seguro a aplicações, dados e desktops. Além disso, somos líderes na entrega de espaços de trabalho digital com o Citrix Workspace, onde é possível criar um ambiente comum para funcionários remotos ou presenciais, padronizando sua experiência sem prejudicar a segurança. Entre em contato conosco e saiba como podemos lhe auxiliar.